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Renda média de trabalhadores tem maior retração mensal em 12 anos
Publicado em 23/11/2015 , por LUCAS VETTORAZZO
A sequência de alta no desemprego no país foi combinada em outubro com a queda mais acentuada na renda dos trabalhadores das principais regiões metropolitanas nos últimos doze anos.
De acordo com a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) divulgada nesta quinta-feira (19) pelo IBGE, a renda média do trabalhador teve queda real –já descontada a inflação– de 7% em outubro, ante igual período de 2014.
O recuo no intervalo de um ano foi o maior para o mês de outubro desde 2003, quando foi de 13%. Neste ano, a renda começou a cair em fevereiro.
O rendimento médio do trabalhador encerrou outubro em R$ 2.182, queda de 0,6%, em relação a setembro.
O mercado de trabalho em deterioração e a inflação elevada são os principais responsáveis pela queda no rendimento médio da população ocupada.
Em outubro, a taxa de desemprego foi a 7,9% nas seis principais regiões metropolitanas do país, o maior nível para o mês desde 2007 (8,7%).
CORTES
A indústria segue cortando vagas, assim como serviços prestados à empresas e construção civil. No intervalo de um ano, houve queda tanto nos empregos formais quanto nos informais.
O economista Thiago Biscuola, da RC Consultores, diz que o efeito da renda cria uma espécie de circulo vicioso para a taxa de desemprego. Diante do rendimento apertado, mais integrantes de uma mesma família são empurrados a buscar oportunidades para compor a renda da casa.
A entrada de mais pessoas na fila pressiona a taxa de desocupação para cima.
FAMÍLIAS PRESSIONADAS
Até o ano passado, muitas pessoas ainda optavam por ficar fora do mercado de trabalho –principalmente os jovens. Hoje, após as ondas de demissões, é cada vez mais difícil uma família se apoiar nos ganhos de um só integrante.
"Além das demissões, você tem uma inflação perto de 10% ao ano e os juros em 14,25%, que comem a renda do trabalho", disse.
A PME mostrou que no intervalo de um ano 825 mil vagas foram fechadas no país. No mesmo período, 771 mil pessoas entraram na fila.
Desde o início deste ano, a relação entre as vagas fechadas e a busca não aumenta na mesma proporção. O desemprego subiu em relação a setembro (7,6%) e também no intervalo de um ano (4,7%).
NATAL
A alta da desocupação ocorre em um mês em que tradicionalmente a taxa de desemprego cede por conta das contratações temporárias de final de ano no comércio.
Neste ano, contudo, o indicador subiu, em um movimento só registrado em 2003. Naquela ocasião, a economia brasileira passava por um forte ajuste.
"As contratações de final de ano não aconteceram porque nenhum empresário quer aumentar seus custos diante de um horizonte ainda nebuloso", disse Biscuola.
Em relatório, o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, afirma que o desemprego ainda vai piorar a ponto de, inclusive, reduzir a inflação.
"O mercado de trabalho tem que piorar um pouco mais para começar a ter o efeito desejado na dinâmica dos preços livres, em particular na inflação de serviços", disse. "O mercado tende a piorar até pelo menos meados do ano que vem, quando atingirá taxa em torno de 10%".
De acordo com a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) divulgada nesta quinta-feira (19) pelo IBGE, a renda média do trabalhador teve queda real –já descontada a inflação– de 7% em outubro, ante igual período de 2014.
O recuo no intervalo de um ano foi o maior para o mês de outubro desde 2003, quando foi de 13%. Neste ano, a renda começou a cair em fevereiro.
O rendimento médio do trabalhador encerrou outubro em R$ 2.182, queda de 0,6%, em relação a setembro.
O mercado de trabalho em deterioração e a inflação elevada são os principais responsáveis pela queda no rendimento médio da população ocupada.
Em outubro, a taxa de desemprego foi a 7,9% nas seis principais regiões metropolitanas do país, o maior nível para o mês desde 2007 (8,7%).
CORTES
A indústria segue cortando vagas, assim como serviços prestados à empresas e construção civil. No intervalo de um ano, houve queda tanto nos empregos formais quanto nos informais.
O economista Thiago Biscuola, da RC Consultores, diz que o efeito da renda cria uma espécie de circulo vicioso para a taxa de desemprego. Diante do rendimento apertado, mais integrantes de uma mesma família são empurrados a buscar oportunidades para compor a renda da casa.
A entrada de mais pessoas na fila pressiona a taxa de desocupação para cima.
FAMÍLIAS PRESSIONADAS
Até o ano passado, muitas pessoas ainda optavam por ficar fora do mercado de trabalho –principalmente os jovens. Hoje, após as ondas de demissões, é cada vez mais difícil uma família se apoiar nos ganhos de um só integrante.
"Além das demissões, você tem uma inflação perto de 10% ao ano e os juros em 14,25%, que comem a renda do trabalho", disse.
A PME mostrou que no intervalo de um ano 825 mil vagas foram fechadas no país. No mesmo período, 771 mil pessoas entraram na fila.
Desde o início deste ano, a relação entre as vagas fechadas e a busca não aumenta na mesma proporção. O desemprego subiu em relação a setembro (7,6%) e também no intervalo de um ano (4,7%).
NATAL
A alta da desocupação ocorre em um mês em que tradicionalmente a taxa de desemprego cede por conta das contratações temporárias de final de ano no comércio.
Neste ano, contudo, o indicador subiu, em um movimento só registrado em 2003. Naquela ocasião, a economia brasileira passava por um forte ajuste.
"As contratações de final de ano não aconteceram porque nenhum empresário quer aumentar seus custos diante de um horizonte ainda nebuloso", disse Biscuola.
Em relatório, o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, afirma que o desemprego ainda vai piorar a ponto de, inclusive, reduzir a inflação.
"O mercado de trabalho tem que piorar um pouco mais para começar a ter o efeito desejado na dinâmica dos preços livres, em particular na inflação de serviços", disse. "O mercado tende a piorar até pelo menos meados do ano que vem, quando atingirá taxa em torno de 10%".
Fonte: Folha Online - 20/11/2015
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