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Seguros residenciais oferecem cada vez mais serviços; compare novos planos
Publicado em 23/11/2015 , por PHILIPPE SCERB
As seguradoras viraram "faz tudo". Mais que proteger contra danos causados por desastres naturais ou roubos, os seguros residenciais já incluem reparo de eletrodomésticos, serviço de helpdesk e até troca de lâmpada.
O plano superior de assistência 24 horas da SulAmérica, por exemplo, oferece uma "checagem residencial kids".
Eduardo Dal Ri, vice-presidente da empresa, explica: "Um casal que pensa em ter filhos pode chamar a empresa para verificar o que pode ser feito para aumentar a segurança das crianças".
Segundo ele, a assistência residencial dos seguros está se transformando em um serviço de concierge.
Na Porto Seguro, a modalidade premium –que oferece proteções específicas para acidentes de empregados e roubo de joias, por exemplo– permite que o cliente chame a empresa para fixar um quadro na parede.
De acordo com Jarbas Medeiros, superintendente da seguradora, o serviço é requisitado. "Não é raro que a pessoa tenha um quadro muito caro e tenha medo de danificá-lo, então ela nos chama e nós o fixamos."
A ampliação da oferta de serviços oferecidos veio depois de as seguradoras perceberem que o produto atrai mais pela assistência técnica do que pela proteção a danos.
Tanto que os serviços de manutenção são considerados os responsáveis pela expansão do produto: apesar da crise econômica, dados de setembro da Susep (Superintendência de Seguros Privados) indicam que o volume de prêmios de apólices de seguro residencial cresceu 3,6% nos últimos 12 meses.
Outro fator que estimula o crescimento, segundo Medeiros, é a maior frequência de fenômenos naturais, como chuvas e vendavais. Pesa também a crescente exigência de locadores, que muitas vezes incluem o valor do seguro no aluguel ou pedem que o locatário apresente uma apólice para assinar do contrato.
PACOTES
Os pacotes mais básicos oferecem, via de regra, serviços de chaveiro, encanador e eletricista, que podem ser solicitados, em geral, duas vezes ao ano cada um.
Diego Lima, 30, bancário, contratou o seguro residencial há pouco menos de quatro meses e já usou.
Há dois meses, seu chuveiro quebrou e ele acionou a seguradora, que "mandou um profissional no horário agendado e resolveu o problema imediatamente". "É uma grande comodidade", diz.
No entanto, é importante estar atento às condições do seguro contratado.
O fonoaudiólogo Alysson Gomes, 36, se surpreendeu ao saber que não seria indenizado pelo Itaú pelos seus pertences furtados no feriado de 12 de outubro, pois não havia informado que morava em uma república.
O Itaú Seguros diz que morar em uma república, simplesmente, não é um motivo que impeça a cobertura. Porém, "se há uma facilidade de acesso aos bens por parte de qualquer pessoa, isso, sim, pode ser um motivo de recusa", diz o gerente de seguros da empresa, Ricardo Fernandes. Segundo ele, as condições da indenização sempre estão descritas na apólice.
POUCOS ADEPTOS
Apesar de a assistência residencial ter estimulado o crescimento do setor de seguros, o número de adeptos no país ainda é pequeno.
Segundo pesquisa da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), de setembro deste ano, apenas 13,3% dos domicílios brasileiros contam com esse tipo de proteção.
Os motivos para a pequena adesão são vários. Acima de tudo, há uma baixa percepção de risco. Como casos de incêndio e catástrofes naturais são raros, as pessoas se sentem pouco estimuladas a pagar por um seguro que dificilmente vão usar.
Há, ainda, quem desconfie da efetividade da cobertura e de possíveis problemas para receber a indenização, como ocorreu no caso de Alysson.
Por fim, é comum associar o valor do seguro residencial ao valor do seguro de automóvel, muito mais elevado.
Diferentemente do último, porém, o valor anual da apólice residencial é definido pelo valor que o morador quer proteger de eventuais danos.
Além disso, seguro para a casa deve ser orientado pelo valor de reconstrução do imóvel, e não pelo seu valor de mercado, como costuma ser calculado no caso do carro.Os planos mais elementares incluem, em geral, proteção contra incêndio, raio e explosões.
Um pacote básico, para uma cobertura de até R$ 20 mil para danos gerais, pode sair por R$ 32 anuais para um apartamento e R$ 142 para uma casa. Em geral, a casa custa mais porque o risco é considerado maior.
Obviamente, quanto maior a importância segurada, maior o custo do seguro. E há também a opção de incluir proteções específicas, de acordo com os riscos e as necessidades do cliente, de forma customizada.
Hoje, é comum que as empresas ofereçam, por exemplo, proteção contra responsabilidade civil familiar. Dessa forma, se algum morador causa danos a um vizinho involuntariamente, a indenização é coberta pelo seguro.
Um plano que inclua R$ 25 mil de cobertura para responsabilidade civil, além de proteção contra desastres naturais e roubos, sairia, de acordo com uma empresa consultada pela Folha, R$ 296 para um apartamento e R$ 496 para uma casa, por ano.
O plano superior de assistência 24 horas da SulAmérica, por exemplo, oferece uma "checagem residencial kids".
Eduardo Dal Ri, vice-presidente da empresa, explica: "Um casal que pensa em ter filhos pode chamar a empresa para verificar o que pode ser feito para aumentar a segurança das crianças".
Segundo ele, a assistência residencial dos seguros está se transformando em um serviço de concierge.
Na Porto Seguro, a modalidade premium –que oferece proteções específicas para acidentes de empregados e roubo de joias, por exemplo– permite que o cliente chame a empresa para fixar um quadro na parede.
De acordo com Jarbas Medeiros, superintendente da seguradora, o serviço é requisitado. "Não é raro que a pessoa tenha um quadro muito caro e tenha medo de danificá-lo, então ela nos chama e nós o fixamos."
A ampliação da oferta de serviços oferecidos veio depois de as seguradoras perceberem que o produto atrai mais pela assistência técnica do que pela proteção a danos.
Tanto que os serviços de manutenção são considerados os responsáveis pela expansão do produto: apesar da crise econômica, dados de setembro da Susep (Superintendência de Seguros Privados) indicam que o volume de prêmios de apólices de seguro residencial cresceu 3,6% nos últimos 12 meses.
Outro fator que estimula o crescimento, segundo Medeiros, é a maior frequência de fenômenos naturais, como chuvas e vendavais. Pesa também a crescente exigência de locadores, que muitas vezes incluem o valor do seguro no aluguel ou pedem que o locatário apresente uma apólice para assinar do contrato.
PACOTES
Os pacotes mais básicos oferecem, via de regra, serviços de chaveiro, encanador e eletricista, que podem ser solicitados, em geral, duas vezes ao ano cada um.
Diego Lima, 30, bancário, contratou o seguro residencial há pouco menos de quatro meses e já usou.
Há dois meses, seu chuveiro quebrou e ele acionou a seguradora, que "mandou um profissional no horário agendado e resolveu o problema imediatamente". "É uma grande comodidade", diz.
No entanto, é importante estar atento às condições do seguro contratado.
O fonoaudiólogo Alysson Gomes, 36, se surpreendeu ao saber que não seria indenizado pelo Itaú pelos seus pertences furtados no feriado de 12 de outubro, pois não havia informado que morava em uma república.
O Itaú Seguros diz que morar em uma república, simplesmente, não é um motivo que impeça a cobertura. Porém, "se há uma facilidade de acesso aos bens por parte de qualquer pessoa, isso, sim, pode ser um motivo de recusa", diz o gerente de seguros da empresa, Ricardo Fernandes. Segundo ele, as condições da indenização sempre estão descritas na apólice.
POUCOS ADEPTOS
Apesar de a assistência residencial ter estimulado o crescimento do setor de seguros, o número de adeptos no país ainda é pequeno.
Segundo pesquisa da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), de setembro deste ano, apenas 13,3% dos domicílios brasileiros contam com esse tipo de proteção.
Os motivos para a pequena adesão são vários. Acima de tudo, há uma baixa percepção de risco. Como casos de incêndio e catástrofes naturais são raros, as pessoas se sentem pouco estimuladas a pagar por um seguro que dificilmente vão usar.
Há, ainda, quem desconfie da efetividade da cobertura e de possíveis problemas para receber a indenização, como ocorreu no caso de Alysson.
Por fim, é comum associar o valor do seguro residencial ao valor do seguro de automóvel, muito mais elevado.
Diferentemente do último, porém, o valor anual da apólice residencial é definido pelo valor que o morador quer proteger de eventuais danos.
Além disso, seguro para a casa deve ser orientado pelo valor de reconstrução do imóvel, e não pelo seu valor de mercado, como costuma ser calculado no caso do carro.Os planos mais elementares incluem, em geral, proteção contra incêndio, raio e explosões.
Um pacote básico, para uma cobertura de até R$ 20 mil para danos gerais, pode sair por R$ 32 anuais para um apartamento e R$ 142 para uma casa. Em geral, a casa custa mais porque o risco é considerado maior.
Obviamente, quanto maior a importância segurada, maior o custo do seguro. E há também a opção de incluir proteções específicas, de acordo com os riscos e as necessidades do cliente, de forma customizada.
Hoje, é comum que as empresas ofereçam, por exemplo, proteção contra responsabilidade civil familiar. Dessa forma, se algum morador causa danos a um vizinho involuntariamente, a indenização é coberta pelo seguro.
Um plano que inclua R$ 25 mil de cobertura para responsabilidade civil, além de proteção contra desastres naturais e roubos, sairia, de acordo com uma empresa consultada pela Folha, R$ 296 para um apartamento e R$ 496 para uma casa, por ano.
Fonte: Folha Online - 22/11/2015
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