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Crise muda hábitos dos brasileiros
Publicado em 20/11/2015
Na hora de ajustar o orçamento doméstico, cortar a educação paga é alternativa fácil e bastante procurada, ainda que a contragosto
Rio - Poucos percebem que a crise econômica interfere em uma série de questões do dia a dia. O trânsito é o primeiro dos fatores. Apesar das obras na cidade, os engarrafamentos, em condições normais, são menores e mais rápidos porque há menos carros na rua. O preço alto dos combustíveis força manter os carros nas garagens, resolvendo problemas de engenharia de trânsito sem interferências estruturais do poder público na vias.
O retorno dos filhos à escola pública também é consequência da inflação. Na hora de ajustar o orçamento doméstico, cortar a educação paga é alternativa fácil e bastante procurada, ainda que a contragosto. Informações ainda parciais apontam que de cada quatro matrículas na rede oficial para 2016, uma é de aluno migrante de escola particular.
Nos supermercados a infidelidade às marcas tradicionais é característica da mudança do comportamento dos consumidores. A busca pela marca preferida e de qualidade superior fica em segundo plano, quando o mesmo produto de marca não tão famosa e tida como inferior, é oferecido por preço mais baixo.
A diversão externa e a comida fora de casa também são influenciadas, forçando diminuição da frequência com que as famílias se dão ao luxo de fazer programas externos dispendiosos. Tirando datas festivas, cresceu a quantidade de pessoas que desenvolvem hobby de cozinhar em casa e recebem amigos. Também entrou na moda assistir filme recente na televisão a cabo, com vinho argentino ou chileno, cerveja premium comprada na oferta relâmpago do supermercado, pipoca de micro-ondas e pizza pronta congelada.
Algumas das decisões são racionais, como agente econômico que faz as contas e opta por economizar na ponta do lápis em todas as suas relações de consumo. Outros desse novos hábitos são intuitivos e vão se impondo, sem que percebamos nas nossas vidas. De repente, quando comparamos nossos hábitos atuais com o nosso padrão de consumo de dois anos atrás, nos assustamos pelo fato de a crise econômica ter mudado nossas vidas.
Gilberto Braga é professor de Finanças do Ibmec e da Fundação Dom Cabral
Rio - Poucos percebem que a crise econômica interfere em uma série de questões do dia a dia. O trânsito é o primeiro dos fatores. Apesar das obras na cidade, os engarrafamentos, em condições normais, são menores e mais rápidos porque há menos carros na rua. O preço alto dos combustíveis força manter os carros nas garagens, resolvendo problemas de engenharia de trânsito sem interferências estruturais do poder público na vias.
O retorno dos filhos à escola pública também é consequência da inflação. Na hora de ajustar o orçamento doméstico, cortar a educação paga é alternativa fácil e bastante procurada, ainda que a contragosto. Informações ainda parciais apontam que de cada quatro matrículas na rede oficial para 2016, uma é de aluno migrante de escola particular.
Nos supermercados a infidelidade às marcas tradicionais é característica da mudança do comportamento dos consumidores. A busca pela marca preferida e de qualidade superior fica em segundo plano, quando o mesmo produto de marca não tão famosa e tida como inferior, é oferecido por preço mais baixo.
A diversão externa e a comida fora de casa também são influenciadas, forçando diminuição da frequência com que as famílias se dão ao luxo de fazer programas externos dispendiosos. Tirando datas festivas, cresceu a quantidade de pessoas que desenvolvem hobby de cozinhar em casa e recebem amigos. Também entrou na moda assistir filme recente na televisão a cabo, com vinho argentino ou chileno, cerveja premium comprada na oferta relâmpago do supermercado, pipoca de micro-ondas e pizza pronta congelada.
Algumas das decisões são racionais, como agente econômico que faz as contas e opta por economizar na ponta do lápis em todas as suas relações de consumo. Outros desse novos hábitos são intuitivos e vão se impondo, sem que percebamos nas nossas vidas. De repente, quando comparamos nossos hábitos atuais com o nosso padrão de consumo de dois anos atrás, nos assustamos pelo fato de a crise econômica ter mudado nossas vidas.
Gilberto Braga é professor de Finanças do Ibmec e da Fundação Dom Cabral
Fonte: O Dia Online - 19/11/2015
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