Com alta na inflação, bancos preveem taxa básica de juros a 8% em 2019
Publicado em 08/10/2018 , por Flavia Lima

Para Goldman Sachs, BC poderá começar a mexer na Selic ainda este ano
A inflação subiu 0,48% em setembro, e metade disso veio do avanço dos preços dos combustíveis, segundo divulgou nesta sexta-feira (5) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Foi o resultado mais alto do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para o mês de setembro desde 2015.
Surpresos com a trajetória do petróleo no mercado internacional e os seus efeitos sobre os combustíveis internamente, analistas de mercado revisaram as projeções para a inflação de 2018, agora mais próximas do centro da meta estabelecida pelo BC (Banco Central), de 4,5%.
No início do ano, a expectativa é que a inflação encerrasse 2018 ao redor de 3%.
“Começamos o ano com folga em relação à meta, esperando alta de 3,5% para a inflação, mas a alta dos preços das commodities, a desvalorização do câmbio e os preços do petróleo mudaram esse cenário, diz Elson Teles, economista do Itaú Unibanco.
Nesta sexta, o Itaú ajustou mais uma vez a previsão para a inflação neste ano, de 4,1% para 4,5%.
O banco revisou a projeção para o barril tipo Brent, negociado em Londres, de US$ 72 para US$ 85, o que mantém os combustíveis, em especial a gasolina, sob pressão.
Em 12 meses, Teles lembra que só os combustíveis respondem por um ponto percentual da alta de 4,53% do IPCA.
A MCM Consultores também ajustou as expectativas para a inflação. Em agosto, a alta prevista para o ano era de 4,2%, passou para 4,4% no início de setembro e agora está em 4,5%. Além dos combustíveis, o resultado considera também a trajetória dos preços de energia elétrica.
Em 12 meses, a conta de luz é a segunda maior fonte de pressão sobre a inflação, respondendo por 0,75 ponto da alta do índice.
A equipe do Bradesco também destaca a alta dos preços internacionais de petróleo nas últimas semanas, mas ressalta que a pressão no curto prazo —vinda não só de combustíveis mas também de alimentos— é suavizada pelos dados de atividade econômica.
A tendência de crescimento, diz o Bradesco, ainda é tímida, e a ociosidade da economia se mantém elevada.
O Bradesco espera alta de 4,4% para a inflação em 2018, o que não deve levar o Banco Central a mexer na taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% ao ano desde março.
Já para o ano que vem, diz o Bradesco, o quadro muda um pouco. É esperado que o BC eleve a taxa de juros de 6,5% para 8%, justamente para conter possíveis choques.
Na avaliação do Goldman Sachs, as projeções para os preços seguem sob controle, mas há o risco de o BC começar a subir a taxa Selic antes do fim do ano, sobretudo se o cenário externo se mantiver desafiador para emergentes.
Fonte: Folha Online - 06/10/2018
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