Como evitar golpes contra idosos
Publicado em 26/10/2017 , por Maria Inês Dolci
São muitos os meios digitais que facilitam a comunicação interpessoal. Por outro lado, também nos colocam em vitrines públicas tão transparentes que nos tornam alvos de golpistas nada virtuais.
Dentre os alvos preferenciais destes criminosos estão os idosos. Eles se aproveitam da boa-fé, da solidão, da pouca familiaridade de alguns com dispositivos móveis e transações eletrônicas pela internet para praticar crimes.
Também apostam nas dificuldades financeiras a que grande parte das pessoas acima de 60 anos está submetida, em função de aposentadorias e pensões insuficientes para crescentes gastos na terceira idade.
Não há limite para a criatividade destes malfeitores: simulam agências de cobrança de débitos; oferecem bilhetes premiados mediante adiantamento de dinheiro; prometem renegociação dos valores da aposentadoria; inventam acidentes e sequestros de familiares dos idosos; dão golpes envolvendo o crédito consignado.
Depois do prejuízo, é muito difícil recuperar o que foi surrupiado. Isso provoca profunda tristeza em pessoas honestas que se deixaram levar pela lábia destes bandidos. Muitas vezes também têm de suportar recriminações dos que se acham muito espertos e a salvo dos golpistas.
Mas não estamos imunes a todos os tipos de golpes. É fundamental fazer boletim de ocorrência sempre que houver uma situação dessas.
Há como proteger os mais velhos de algumas das arapucas mais frequentes e evidentes, com algumas precauções:
Combine com um familiar ou amigo entrar em contato sempre que tiver de fazer uma transação financeira acima de um teto previamente estabelecido (por exemplo, R$ 500,00).
Não abra anexos de e-mail, exceto os enviados por pessoas de extrema confiança.
Ao telefone, não informe nome, idade, numeração de documentos, dados bancários e de crédito, nem se mora sozinho ou com outras pessoas.
Renegociações de crédito devem ser feitas nas instituições financeiras. De aposentaria e pensões, em agência da Previdência Social.
Desconfie da venda de produtos e serviços com descontos fora da média de mercado. Por exemplo, se um carro novo custar R$ 40 mil e for oferecido por R$ 20 mil.
Nunca faça depósitos em troca de bilhetes premiados, crédito consignado, automóvel zero abaixo da tabela etc.
Bombeiros, policiais e profissionais de serviços de remoção hospitalar não fazem ligações a cobrar para informar a ocorrência de acidentes. Se alguém se fizer passar por um familiar e pedir dinheiro para alguma emergência, solicite um número de telefone e avise que ligará mais tarde. Com isso, terá tempo de checar se tal fato realmente ocorreu. E se o contato for pessoal (há golpistas em lugares públicos que fazem isso), não dê atenção ao que ele disser.
Aqui, tratamos somente dos crimes. Há, também, as más práticas de televendas, em que empresas tentam empurrar produtos e serviços para aposentados. São ameaças até mais frequentes e perigosas, porque induzem as pessoas a comprar, sem condição financeira, o que não necessitam nem querem. Essas empresas devem ser denunciadas a entidades de defesa do consumidor.
No final de 2015, entrou em vigor a lei nº 13.228, que dobrou a pena para quem cometer estelionato contra idoso, podendo chegar a 10 anos de prisão. Estelionato é obter vantagem ilícita para si ou outra pessoa, em prejuízo alheio, ao induzir alguém ao erro, mediante artifício, ardil ou fraude.
Fonte: Folha Online - 25/10/2017
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