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Taxa de desemprego do Brasil cresce para 8,5% na média de 2015
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Taxa de desemprego do Brasil cresce para 8,5% na média de 2015

Publicado em 16/03/2016 , por BRUNO VILLAS BÔAS e NICOLA PAMPLONA

Com a economia mergulhada na mais profunda recessão em 25 anos, o mercado de trabalho brasileiro passou por um acelerado processo de piora em 2015, com reflexos sobre o emprego, a renda e a formalização do trabalho.

Segundo divulgou o IBGE nesta terça-feira (15), a taxa de desemprego do país cresceu para 8,5% na média do ano passado, a maior já medida pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), iniciada em 2012.

Esse resultado ficou 1,7 ponto percentual acima da média de 2014 (6,8%), a piora mais acelerada registrada nesses quatro anos da série histórica da pesquisa de emprego do IBGE.

Já o rendimento médio real (descontada a inflação) foi de R$ 1.944 na média do ano passado, queda de 0,2% na comparação com o ano anterior (R$ 1.947). Para o IBGE, essa variação é considerada estatisticamente estável.



No fim do ano, o cenário continuava indicado deterioração. A taxa de desemprego do quatro trimestre foi de 9%, revelando uma piora frente ao terceiro trimestre de 2015 (8,9%) e do mesmo período de 2014 (6,5%).

Trata-se também da maior taxa de desemprego da série histórica da pesquisa.

"O quarto trimestre costuma ter uma melhora no desemprego porque tem o mês de dezembro dentro dele, quando há maior oferta de trabalho temporário, o que não aconteceu desta vez", disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

O número veio um pouco abaixo do centro (mediana) das expectativas dos economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, que projetavam 9,1% no quarto trimestre do ano passado.

Neste cenário, o rendimento real (descontada a inflação) foi de R$ 1.953 dentro do quarto trimestre do ano passado, queda de 1,1% frente aos três meses anteriores e de 2% ante o mesmo período do ano anterior.

O mercado de trabalho foi afetado por uma combinação de aumento do número de pessoas dispostas a trabalhar com as demissões nos mais variados setores da economia, incluindo a indústria e a construção.

O total de pessoas em idade ativa (14 anos ou mais) e disposta a trabalhar —a chamada força de trabalho— era de 101,36 milhões nos últimos três meses de 2015, 2 milhões a mais do que em igual período de 2014, ou um aumento de 2%.

Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, esse crescimento ocorreu porque mais pessoas de uma mesma família saíram de casa em busca de emprego para complementar a renda domiciliar no período de crise.

"Tudo que acontece no mercado de trabalho é reflexo do cenário economico. Se economia está em momento virtuoso, com indústria e serviçso contratando, tem reflexos no aumento de postos de trabalho e da renda da população ocupada", disse Azeredo.

O problema é que o mercado foi incapaz de absorvê-los. Pelo contrário. A população ocupada (empregada) estava 0,6% menor no quarto trimestre do ano passado frente a um ano antes. Eram 600 mil trabalhadores ocupados a menos.

Desta forma, o número de pessoas que procurou emprego sem encontrar estava era de 9,087 milhões no último trimestre de 2015, crescimento de 40,8% ante o mesmo período de 2014. Isso significou 2,6 milhões de pessoas a mais.


SETORES

Dos dez grupos de atividades acompanhados pelo IBGE, a indústria foi a que mais dispensou no ano passado. Foram 1,06 milhão de demissões ao longo de um ano até o quarto trimestre de 2015, o que significa 7,9% de ocupados a menos.

Outro com fortes dispensas foi um agrupamento abrangente que inclui atividades como informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Esse setor cortou 913 mil pessoas (8,7% menos).

Com grandes investimentos parados e o setor imobiliários desaquecido, a construção surpreendeu no fim do ano. O setor contratou 619 mil pessoas do terceiro para o quatro trimestre do ano passado, alta de 8,5%

FORMALIZAÇÃO

Toda essa piora do mercado de trabalho vem acompanhada da perda de qualidade do emprego. O número de trabalhadores com carteira assinada recuou de 36,5 milhões do quatro trimestre de 2014 para 35,4 milhões no mesmo período do ano passado.

Uma parcela significativa desses trabalhadores buscou no trabalho autônomo uma forma de se reinserir no mercado de trabalho. São os chamados conta própria —pessoas que trabalham num negócio próprio sem auxiliar remunerado.

Segundo a pesquisa do IBGE, esse contingente —que vai de serventes a donos de pequenas franquias— cresceu 5,2% no período de um ano até o quatro trimestre de 2015. Isso representa 1,14 milhão de pessoas a mais, para 22,9 milhões de trabalhadores.

Vale lembrar que, para fazer essa pesquisa, os entrevistadores do IBGE visitam cerca de 210 mil domicílios a cada trimestre com perguntas sobre emprego e renda. Os dados são coletados em cerca de 3.500 municípios do país.

Com o fim da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE, marcado para março (quando serão conhecidos dados de fevereiro), a Pnad Contínua se tonará a principal pesquisa de emprego e renda do instituto.

Segundo Tiago Cabral, economista do Ibre (Instituto de Economia da Fundação Getulio Vargas), a piora do mercado de trabalho refletiu a rápida queda da confiança de empresários e consumidores com a economia.

"Isso foi provocado pela instabilidade institucional interna e pela crescente restrição do crédito às famílias, com a piora da inadimplência. Num grau menor, foi reflexo do aumento das incertezas no cenário internacional", afirma Cabral.

Para tentar entender a extensão da crise, o Ibre cruzou pesquisas anuais de emprego do IBGE com outros dados e criou uma série mais longa para a Pnad Contínua, cuja estatística oficial começa no primeiro trimestre de 2012.

Pelas contas da FGV, a taxa de desemprego média de 2015 é a pior desde 2009 (8,5%). Naquele ano, o desemprego no país teve um pequeno incremento por causa da crise iniciada no mercado hipotecário americano.

Segundo José Márcio Camargo, economista da Opus Investimentos, o mercado de trabalho deve continuar piorando neste ano e uma recuperação pode demorar. Ele afirma que o emprego costuma ser o último a reagir.

"Vai ser difícil e demorado recuperar os empregos, principalmente porque a economia vai se recuperar lentamente. Vai demorar talvez dois a três anos para vermos uma recuperação efetiva do mercado", disse ele.

Fonte: Folha Online - 15/03/2016

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