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′Desemprego de patrões′ cresce em ritmo maior que o de empregados
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′Desemprego de patrões′ cresce em ritmo maior que o de empregados

Publicado em 01/02/2016 , por BRUNO VILLAS BÔAS

Desde que Nauri Carvalho Martins, 71, precisou dispensar sua única funcionária, passou a trabalhar dobrado para manter a Mauriti, sua lojinha de roupas, num mercado popular no centro do Rio.

No box de 2 m², entre cuecas (três por R$ 10) e camisetas de escolas de samba (R$ 30), ela se desdobra para atender clientes, fazer compras e ir ao médico.

"Eu mantive a ajudante o tempo que pude e que não pude. Precisei demitir em meados do ano. Agora, dependo de outros comerciantes para olhar a loja quando eu preciso sair", afirma.

Nauri é uma entre cerca de 60 mil pessoas que perderam o status de empregador no ano passado em seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE –São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Salvador.

Segundo dados do IBGE, havia 1,02 milhão de empregadores nas metrópoles em dezembro de 2014. No final de 2015, eram 960 mil, uma queda de 5,7%. É o menor número registrado em dezembro desde 2002 (863 mil).

Os efeitos da crise sobre os empregadores foi proporcionalmente maior do que na população ocupada em geral.

A população ocupada nas metrópoles recuou 2,7% em dezembro de 2015 em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 23,2 milhões. São 641 mil pessoas a menos.



PERFIL

O contingente de empregadores é formado sobretudo por comerciantes, prestadores de serviços e profissionais liberais. Basta ter um empregado, com carteira assinada ou não –domésticos não entram nessa estatística.

A pesquisa não detalha o motivo da perda de status de empregador, mas isso pode ocorrer por diferentes razões.

"O negócio pode ter fechado ou o empregador demitiu seus empregados e ficou trabalhando sozinho", afirma Adriana Beringuy, técnica da coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Para João Sabóia, professor do Instituto de Economia da UFRJ, os donos de pequenos negócios são maioria e contribuíram para a queda do emprego no país.

"Eles empregam individualmente pouco, mas são muitos microempreendedores. Como a crise foi dura e a renda caiu, ficou difícil manter um empregado. O negócio ficou pequeno o suficiente para ele se virar sozinho."

Desde que migrou do sertão do Ceará para o Rio, nos anos 1960, Nauri diz que nunca viu uma queda tão brusca nas suas vendas. Ela não sabe bem por que as pessoas estão gastando menos, mas encontrou uma culpada.

"Eu votei na Dilma. Não deu muito certo, as coisas pioraram muito. Minha renda caiu em R$ 49 mil em 2015."

Na média, o rendimento real (descontada a inflação) dos empregadores recuou 10,7% ante dezembro de 2014, para R$ 5.565,50 por mês. No mesmo período, o rendimento dos ocupados teve queda de 5,8%, para R$ 2.235,50.

Com empresas demitindo e menos empregadores, as estatísticas do mercado de trabalho pioraram em 2015. A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas foi de 6,9% em dezembro, acima dos 4,3% um ano antes.

Sem funcionários, os pequenos comerciantes tornam-se trabalhadores por conta própria –pessoas que têm seu pequeno negócio sem auxílio de funcionário.

Segundo o IBGE, o número de trabalhadores por conta própria chegou a 4,6 milhões em dezembro, alta de 4,6% ante dezembro de 2014.

"Isso pode estar também relacionado à perda do emprego formal. O trabalhador cria o próprio negócio", afirma a técnica do IBGE.

Fonte: Folha Online - 31/01/2016

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